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O que a ginástica reserva para 2013? - Parte 4

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RÚSSIA

Evgeniya Shelgunova ajudou o time russo a levar o título do Campeonato Europeu de volta pra casa em 2012, competindo em todos os aparelhos na final por equipes. A ginasta chegou à segunda colocação no individual geral na mesma competição, perdendo apenas para a revelação italiana, Enus Mariani. Evgeniya também participou das finais de trave, solo e paralelas (onde conseguiu a terceira colocação), provando ser uma adiçāo forte ao time russo para o próximo quadrênio.

Terceira colocada nas assimétricas no Campeonato Europeu.




Ekaterina Baturina também vem se destacando no grupo de ginastas emergentes da Rússia. Apresenta linhas clássicas e elegantes, bem comum às ginastas do país. Baturina ficou apenas na reserva do time russo júnior que ganhou a final por equipes no Campeonato Europeu, mas prova que tem bastante potencial para os próximos anos.

Baturina no solo.




Yulia Tipaeva também foi parte da seleção campeā européia júnior em 2012. Apresenta bom potencial no salto e boa série nas assimétricas, onde executa uma saída alta, um bom trabalho nas paradas e transições bem amplas.

Tipaeva nas assimétricas no Campeonato Europeu Júnior 2012.




Viktoria Komova pode não ter levado o título em 2012, mas com certeza levou toda a atenção: por motivos certos em algumas ocasiões (como por exemplo, após sua apresentaçāo épica no solo na final do individual geral) e errados em outras (como nas finais por aparelhos, em que não alcançou os resultados desejáveis e transpareceu o que muitos chamaram de atitudes imaturas ou anti-desportivas). A atleta, que vem sendo assistida e especulada há vários anos por fãs de toda parte do mundo, foi apontada como a grande estrela do time russo antes dos Jogos, mas saiu de lá como coadjuvante após Alyia Mustafina destacar-se como a grande rainha do quadrênio. Komova, no seu pior dia, ainda apresenta uma ginástica de maior qualidade do que a maioria das atletas de elite do mundo na atualidade mas, como sabemos, é preciso mais para estar no topo. Após, coincidentemente, perder a final individual geral por uma margem mínima no último aparelho para uma americana por 2 anos seguidos, esperamos que Komova volte em 2013 pronta para arrematar o ouro que tem tanto buscado.

Komova em uma das melhores apresentações de solo da sua carreira




Anastasia Grishina, dona de uma das melhores expressões artísticas da atualidade, combina belíssimos movimentos de dança com boa dificuldade. Seu maior problema, porém, é a falta de consistência. A ginasta, que cometeu um erro irreparável no solo na final por equipes de Londres, e de quebra foi a única do time a não chegar a nenhuma final por aparelhos na mesma competição, mostra que ainda tem muito a provar. Só o tempo dirá se Grishina conseguirá se comprometer seriamente nos próximos 4 anos, rumo ao Rio 2016... Caso escolha continuar, ainda irá encher os olhos de muitos fās por vir.

Grishina no solo, em uma apresentação mais razoável nas olimpíadas de Londres.




Aliya Mustafina, que foi consagrada realeza da ginástica mundial ao dominar os tablados em seu primeiro ano adulto em 2010, viveu grandes altos e baixos em sua. Em Abril de 2011 se lesionou seriamente no Campeonato Europeu e teve que se contentar em ficar um ano fora das competições até que se recuperasse. Em 2012, para a surpresa de muitos (e aparentemente até mesmo da comissão técnica russa), saiu de Londres como a ginasta feminina mais condecorada do evento, quebrando o jejum de medalhas de ouro para a Rússia de mais de 12 anos! Mustafina pretende continuar a treinar em 2013, para a alegria dos seus fās. A ginasta passou por recentes contratempos e momentos de reajustes, após seu técnico pessoal ter sido afastado de seu cargo chefe pelo resto da comissāo técnica russa. Esperamos, porém, que este seja só mais um obstáculo vencido em sua carreira. Mustafina estará de volta, e virá com tudo em 2013. O esporte só tem a ganhar!

Campeã olímpica nas assimétricas!




Anna Dementyeva nos deixou na expectativa de um ano de sucesso em 2012, mas infelizmente deixou a desejar. A idade entre os 16 e 18 anos para uma ginasta é notória por causar mudanças significativas, tanto na parte física quanto psicológica, e Anna infelizmente sofreu em ambas. Após conquistar o título do individual geral no Campeonato Europeu no mesmo ano em que Mustafina se lesionou gravemente no salto, a ginasta russa decaiu em qualidade e consistência. Em competições seguintes, provou aos técnicos do time nacional que representava riscos de erros e uma inconsistência com a qual o time olímpico russo, já fragilizado, não podia arcar. Após o desapontamento de ficar fora da seleção nacional nas Olímpiadas de 2012, Dementyeva voltou aos tablados e mostra estar disposta a disputar novamente por seu lugar ao sol no time russo.

Dementyeva em recente apresentação na trave




Tatiana Nabievaé outra ginasta russa que passou 2012 em branco. A atleta, que ganhou atenção internacional com pouca idade sendo apontada como uma das juniors mais promissoras de sua safra, chegou a apresentar bons resultados como sênior. Em 2011, Nabieva chegou à segunda colocação nas assimétricas no Campeonato Mundial, e também ajudou o time russo a ganhar seu inédito ouro por equipes em Rotterdam (2010). A ginasta, de temperamento difícil e estilo distinto, já declarou ter como maior sonho se tornar uma técnica de alto nível, e promete estar de volta em 2013... Esperamos que ela possa contribuir ao time russo, pois a competição não será fácil!

Nabieva nas assimétricas, onde alcançou a prata no mundial de 2011 ao lado da compatriota Komova.



 
Ksenia Afanasyevaé outro nome que esperamos ouvir em 2013. Considerada a veterana do time russo e com duas olimpíadas no seu currículo, ela demonstra beleza em seus exercícios, mas já deixou a desejar em algumas ocasiões quando posta à prova. Anafasyeva foi peça importante do time nacional em momentos marcantes do último quadrênio, como a conquista do ouro por equipes em 2010 e as pratas de 2011 e 2012. O ponto alto de sua carreira foi quando se consagrou campeā mundial no solo no mundial pré-olímpico, com uma apresentação quase perfeita, mostrando nāo ser apenas "mais uma" no time russo. No ano seguinte, porém, a pressão não ajudou, e em Londres Ksenia terminou 'apenas' na sexta colocaçāo no solo, mostrando seu descontentamento com o resultado. Em 2013 tudo recomeçará do zero, e estamos ansiosos para vê-la de volta!

No solo nas qualificatórias das olimpíadas de Londres; coreografia linda e original!



Da série " O que a ginástica reserva". Todo fim de ano estaremos fazendo postagens sobre os maiores nomes que competirão no ano seguinte. O último texto será exclusivamente escrito sobre ginastas do Brasil. Ideia original de Marina Aleixo.

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